Os brasileiros vão às urnas em 2018 para escolher o sucessor de Temer. Lula da Silva é o favorito, apesar da sua ligação a vários casos de corrupção.
Os cerca de 144 milhões de eleitores inscritos vão escolher em 2018 o próximo Presidente do Brasil. Todos eles, porque neste país o voto é obrigatório.
Lula da Silva surge como figura principal entre o rol de potenciais candidatos, representando o PT. Lula assume o primeiro lugar da sondagem feita pelo instituto Datafolha, mas a Lei da Ficha Limpa poderá travar a sua candidatura. Esta lei prevê que pessoas condenadas em segunda instância não se podem candidatar à presidencia do Brasil.
O ex presidente ainda é alvo de investigações pelo caso do “Triplex do Guarajá”, que já lhe valeu uma condenação a 9 anos de prisão pelo juíz Sérgio Moro por corrupção e lavagem de dinheiro. O PT ameaçou boicotar as eleições caso a candidatura do ex presidente seja travada pela justiça.
Jair Bolnosaro (potencial candidato do PSC) e Marina Silva (REDE) surgem empatados no segundo lugar da mesma sondagem.
Quanto ao partido que está atualmente no poder – o PMDB de Temer – a mudança é certa, perante o já revelado desejo do atual presidente de não continuar na política após 2018. Este desejo é natural tendo em conta os seus valores de popularidade (segundo pesquisa do Instituto Datafolha, 61% consideram péssima a gestão do atual presidente).
Na fila da frente para se candidatar em representação do PMDB estão Henrique Meirelles (atual ministro da fazenda, que surge também como potencial candidato do PSD) e Germano Rigotto.
Os restantes partidos brasileiros (PSDB, PSB, Psol, PODE, PV, PR, PP, PPS, PEN, PDT e DEM) também ainda não definiram os seus candidatos à presidência.
Estas são as primeiras eleições desde o impeachment de Dilma Rousseff, que foi retirada do cargo por “pedaladas fiscais”: formas de “aliviar” as contas do Governo, momentaneamente
O escolhido para a substituir foi o seu vice Michel Temer, tal como está previsto na constituição brasileira. De partido oposto, como é aliás habitual no Brasil, Michel esteve longe de ser uma figura consensual, sendo também investigado pelo Supremo Tribunal Federal.
Luís Miguel Rocha