Está de volta ao Porto o Festival Internacional de Cinema Queer. A partir desta terça-feira (29), a cidade acolhe projeções, conversas e festas, que são “uma celebração de memórias e um retrato” da comunidade.
Por Carolina Bastos Pereira
A oitava edição do Queer Porto dá início esta terça-feira, estreando-se na tela do Teatro Helena Sá e Costa, com o documentário brasileiro “Máquina do Desejo: 60 Anos do Teatro Oficina”, onde o realizador, Lucas Weglinski, vai esta presente.
O festival decorre até ao dia 4 de dezembro, e terá ainda sessões na Reitoria da Universidade, no Teatro Rivoli e nos Maus Hábitos. Para o Diretor Artístico, João Ferreira, o evento permite explorar as “muitas complexidades que acompanham as vivências queer contemporâneas”, criando “uma celebração de memórias e um retrato” sobre o tema explorado.
A programação divide-se em categorias, e conta com obras portuguesas como “Aos 16”, que disputam o Prémio “Casa Comum”, inaugurado o ano passado, e estrangeiras, integrantes da Competição Oficial, de que é exemplo “Nelly and Nadine” ou “A Cidade dos Abismos”. Para além da exibição, terão lugar conversas com realizadores.

“Metamorphosis”, um filme sobre ecosexualidade do Institute of Queer Ecology. Fonte: website oficial.
O Queer Focus, que todos os anos incide num tema diferente é, desta vez, o programa EcoQueer, que explora produções que interligam o tema do festival com o assunto da ecologia.
Esta seleção contém produções como “Metamorphosis”, do Institute of Queer Ecology. Para Constança Carvalho Homem, programadora, o segmento “conjuga educação, denúncia e efabulação”.
O Festival Internacional Queer é o mais antigo festival de cinema na cidade de Lisboa, criado em 1997, tendo expandido para o Porto há oito anos. A organização vê “o conceito de ‘queer’ como um espaço de interseção com problemáticas e realidades como as do racismo, xenofobia, migrações, exclusão social, saúde física e mental e pobreza”.
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