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Primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, apela à ação mais rigorosa da polícia contra o grupo de ativistas “Just Stop Oil”

Os manifestantes do “Just Stop Oil” planearam trazer hoje de manhã um novo caos para as ruas de Londres. Rishi Sunak tem mostrado o seu desagrado e frustração relativamente a este grupo e insiste com a polícia para exercer os poderes que tem, reprimindo estes grupos.

A organização, no seu site próprio tem exposto a sua opinião e mostrado a sua resistência quanto a opositores, incluindo o Primeiro-Ministro, como se pode ver aqui.

Desde março foram feitas mais de 1.800 detenções, no entanto os protestos radicais continuam. Assim, o Primeiro-Ministro do Reino Unido, pediu à Secretária do Interior Suella Braverman para convocar uma reunião com os chefes da polícia em Downing Street de forma a “expor as expectativas do Governo de que a polícia deve fazer cumprir a lei na íntegra”.

© Crown copyright /GOV.UK

Gareth Johnson, o deputado do Dartford, defende que os membros da JSO “não são manifestantes, são criminosos”. Apelou a Rishi Sunak para pensar em fazer da Just Stop Oil uma “organização proibida”. Criticou o grupo por terem bloqueado a travessia de Dartford, através da escalada dos pórticos no passado mês, que causou caos durante dias.

No total, 63 pessoas foram presas durante o protesto, tendo 58 sido acusadas mais tarde. Um porta-voz do grupo afirmou: “Gareth Johnson tem razão em estar irritado com a perturbação causada pelos apoiantes da Just Stop Oil – mas como vimos nas inundações, dias após as ações da M25 terem sido interrompidas, o terror e o caos devido a eventos climáticos extremos não podem ser detidos, injustificados ou proscritos.” Num artigo escrito no site do grupo, escreveram “Atrasar a ação por mais uma década, quando a ciência sugere que se não reduzirmos drasticamente a utilização de combustíveis fósseis até 2030, causaremos muitos milhões de mortes devido a calor extremo, seca, quebra de colheitas e fome, é genocida.”

Recentemente, a arte tornou-se num alvo e está na mira de ativistas radicais, com destaque para a Just Stop Oil, caracterizada por promover ações de desobediência civil, com o objetivo de que o governo britânico interrompa a extração e produção de combustíveis fósseis. No passado dia 14 de outubro, duas jovens, Anna Holland e Phoebe Plummer com t-shirts do movimento Just Stop Oil, atiraram sopa de tomate contra os famosos “Girassóis” de Van Gogh, exposto na National Gallery, em Londres. Em julho, manifestantes do mesmo grupo já tinham colado as suas mãos à moldura de uma cópia do quadro “The Last Supper” de Leonardo Da Vinci, e ao “Hay Wain” de John Constable na mesma galeria. Desde então, tem havido uma crescente revolta, que tem incomodado a muitos.

Se quiser saber mais sobre a organização, e possivelmente involver-se nela, pode participar numa reunião zoom através de: https://juststopoil.org/zoom/

Em caso de dúvidas ou comentários pode contactar:

E-mail:up202106227@up.pt

Por: Madalena Pinto da Silva

Está a decorrer, até janeiro, a Maratona de Cartas da Amnistia Internacional

Até 31 de janeiro de 2023 decorre a Maratona de Cartas da Amnistia Internacional. Este evento sinaliza casos de violações severas dos direitos humanos e a adesão, a nível mundial, cresce anualmente.

Cartaz de divulgação da Maratona de Cartas 2022 da Amnistia Internacional
Fonte: Amnistia Internacional

Varsóvia, 2001. Aí começou a Write for Rights!, ou Maratona de Cartas, como é conhecida em português. Para marcar o Dia Internacional dos Direitos Humanos, celebrado a 10 de dezembro, alguns membros da Amnistia Internacional juntaram-se e escreveram mais de duas mil cartas, posteriormente entregues às autoridades, para alertar sobre injustiças relacionadas com os direitos humanos.

Desde então, todos os anos são sinalizados vários casos, nos quais os direitos humanos são severamente violados, e cada país define cinco deles para serem tratados e divulgados com particular atenção. Resultante desta dinâmica, vinte e um anos passados, a Maratona de Cartas da Amnistia Internacional tornou-se no maior evento mundial de ativismo.

Na edição passada, em Portugal, foram recolhidas mais de 125 mil assinaturas e quase 4.500 mensagens de solidariedade para cada caso. Já a nível internacional, houve cerca de cinco milhões de ações com vista à defesa dos direitos humanos. Fruto destes resultados, foram vários os avanços obtidos em diferentes casos.

Este ano, a Maratona de Cartas, que começou em Portugal a 1 de novembro, decorrerá até 31 de janeiro de 2023 e tem como tema central a liberdade de expressão, tantas vezes posta em causa. Assim, estão no centro desta ação os casos de Aleksandra SkochilenkoChow Hang-tungDorgelesse NguessanLuis Manuel e Nasser Zefzafi.

Ainda que cada petições tenha cerca de cinco mil assinaturas portuguesas, o objetivo nacional de 30 mil assinaturas por petição está longe de ser atingido. Por isso, por todo o país, durante estes três meses, as estruturas da Amnistia Internacional organizam atividades para divulgar a Maratona de Cartas e educar para os Direitos Humanos. As ações podem assumir diferentes formas e dirigem-se não só à população em geral, mas também a grupos específicos, ocorrendo tanto na rua como em escolas, universidades e até mesmo empresas.

Amnistia Internacional representada pelo GEUP-AI na Tomorrow Summit
Foto: Federação Académica do Porto

No Porto, a Maratona de Cartas será particularmente divulgada pelo Grupo de Estudantes Universitários do Porto, vinculado à Amnistia Internacional (GEUP-AI). Durante o mês de novembro, o GEUP-AI participou em várias iniciativas, com o intuito de alertar para a necessidade de salvaguardar os direitos humanos, tendo organizado uma palestra sobre a ocupação da Ucrânia e participado tanto na Tomorrow Summit como na Gala Solidária da AEFEUP.

Para continuar o trabalho a que se propôs junto da Amnistia Internacional – Portugal, o grupo de jovens ativistas dinamizará, no final do mês de novembro e durante o mês de dezembro, várias ações relacionadas com o movimento da Maratona de Cartas. No entanto, o ativismo está na mão de todos e é possível assinar as petições da Maratona de Cartas da Amnistia Internacional com poucos cliques.

Artigo por Mariana Parreira