A Liga Portuguesa Contra o Cancro e a AUSONIA, distinguiram esta terça-feira um projeto da Faculdade de Medicina do Porto, em busca de novas terapias anticancerígenas específicas.
O projeto realizado em colaboração com o Instituto Português de Oncologia do Porto Francisco Gentil (IPO-Porto), e um grupo de investigadores da faculdade de Medicina, tem por base estudar as alterações metabólicas que ocorrem num paciente obeso com cancro da mama.
A investigação foi encabeçada por Carla Luís, investigadora da faculdade, e contou também com os cientistas Rúben Fernandes (Universidade Fernando Pessoa), Raquel Soares (FMUP/i3S), Deolinda Sousa Pereira (IPO-Porto) e Rute Fernandes (IPO Porto).
A Liga Portuguesa Contra o Cancro (LPCC) “tem apoiado centros nacionais de excelência na investigação científica, quer através de patrocínios quer disponibilizando bolsas que permitam o desenvolvimento de projectos inovadores e com aplicação clínica” (fonte: LPCC). Juntamente com a AUSONIA, marca de produtos de higiene feminina, atribuíram a esta proposta uma bolsa de investigação no valor de 13.500 euros.
O foco do projeto foi encontrar as diferenças metabólicas em pacientes com cancro da mama obesos e com peso normal, de acordo com os seus índices de massa corporal. Carla Luís afirmou que o grupo “analisou mais de 2 mil doentes com cancro da mama diagnosticados no IPO-Porto e os resultados preliminares demonstraram diferenças significativas em doentes com diferentes índices de massa corporal” (fonte: Notícias da UP).
De acordo com os investigadores, a obesidade é um factor de risco para todo o tipo de cancros, mas principalmente para o da mama. Os resultados obtidos demonstraram que pessoas com obesidade e cancro da mama, apresentam um diagnóstico mais tardio, numa idade mais avançada. E, normalmente não possuem histórico familiar oncológico.
Uma vez que a taxa de incidência do cancro da mama e da obesidade está a aumentar, Carla Luís, sendo também licenciada em Biologia e mestre em Medicina e Oncologia Molecular, constata que é imperativa “uma abordagem mais incisiva acerca dos efeitos da obesidade neste tipo de cancro por parte da comunidade científica” (fonte: Notícias da UP) .
Os investigadores acreditam ser possível identificar alterações metabólicas específicas, nos pacientes com excesso de peso e com cancro da mama. Assim acreditam que estes podem beneficiar de “estratégias terapêuticas específicas dirigidas às alterações metabólicas, e distintas dos doentes com peso normal”.
A notícia saiu em primeira-mão no site da universidade dirigido a artigos noticiosos da academia. Qualquer dúvida ou informação pode contactar: up201909700@up.pt (Mafalda Pereira), info@ligacontracancro.pt (LPCC), fmup@med.up.pt (FMUP).
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Mafalda Pereira