Revista Forbes
Em concordância com os restantes distritos do país, o PS conquistou a maioria dos eleitores no distrito de Beja, tendo somado um total de 29533 votos, o que corresponde a 43,17% dos eleitores. A vitória do PS aplica-se ao total dos 14 concelhos pertencentes ao distrito de Beja.
Tal como no resto do país, estes números obtidos pelo PS devem-se, em parte, à utilização do voto útil por parte do eleitorado de esquerda – é de sublinhar que, apesar de a CDU se manter no pódio como segunda força política em Beja, o número de votos sofreu um total de 4.4 pontos percentuais relativamente às eleições de 2019, ficando assim com 18.4%. Já o BE, um dos partidos que saiu mais lesionado destas eleições, obteve uma descida de 5.4 pontos percentuais no distrito de Beja.
No entanto, nem todo o eleitorado do distrito de Beja, que é predominantemente de esquerda, se movimentou dentro dos partidos de esquerda. De facto, houve uma grande transição de votos para a extrema-direita (o CH subiu em 8.2 pontos percentuais, desde 2019) e alguma para a direta (PSD sobe 2.7 pontos percentuais). Beja foi um dos distritos em que a ascensão da extrema-direita é mais marcada. Isto poderá dever-se a um sentimento de incredulidade quanto ao bloco central político, que incita a procura por alternativas, sejam estas benéficas ou não.
Quanto à taxa de abstenção, que desceu na contagem total nacional relativamente a 2019, também desceu no distrito de Beja, mais precisamente em 3.6 pontos percentuais.
Apesar destas alterações, é de notar que o distrito de Beja foi dos que menos mudanças sofreu no que toca às posições dos eleitores. Foram eleitos dois deputados pelo PS (Pedro do Carmo e Nelson Brito) e um deputado pelo PCP/PEV (João Dias), em semelhança a 2019.
Infográfico do jornal Observador
Fontes: Observador, CNN Portugal, Diário Campanário, Forbes.
Catarina Afonso