A Polícia Judiciária (PJ), iniciou hoje em Lisboa, Funchal e Sesimbra, uma operação derivada de suspeitas de prática dos crimes de administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento.
A primeira parte da investigação em foco, aconteceu em 2016. Naquela época foram identificados procedimentos internos em processos de concessão, reestruturação, acompanhamento e recuperação de crédito que estavam em desacordo com às boas práticas bancárias e que poderiam vir a serem caracterizadas como crimes.
A ação da PJ estava direcionada, sobretudo, à um grupo econômico que entre 2006 e 2009, foi responsável por contratar quatro operações de financiamentos com a Caixa Geral de Depósitos (CGD), no valor de cerca de 439 milhões de Euros.
O grupo econômico sob investigação, descumpria seus deveres como credores e recorria a mecanismos de renegociação e reestruturação de dívidas para não a amortizar. Atualmente, o grupo gerou um prejuízo de quase mil milhões de Euros á CGD, ao Novo Banco (NB) e ao Banco Comercial Português (BCP).
De acordo com o comunicado divulgado pela Direção Nacional em seu site, esta operação envolveu cento e oitenta profissionais. Foram realizadas cinquenta e uma buscas, sendo: vinte e duas domiciliárias, vinte e cinco não domiciliárias, três em instituições bancárias e uma em escritório de advocacia.
Artigo da autoria de Livia Faria