A Polícia Judiciária levou a cabo, hoje, pelo país, uma operação de investigação pela suspeita da prática de crimes fiscais.
A operação da PJ incidiu sobre um grupo económico que entre 2006 e 2009 contratou quatro operações de financiamentos com a Caixa Geral de Depósitos, num valor superior a 400 milhões de euros. O grupo económico em questão tem incumprido com os contratos e recorrido a mecanismos de renegociação e reestruturação de dívida para não a amortizar.
A investigação iniciada em 2016 identificou procedimentos internos em processos de concessão, reestruturação, acompanhamento e recuperação de crédito, contrários às boas práticas bancárias e que podem configurar a prática de crime, nomeadamente por administração danosa, burla qualificada, fraude fiscal e branqueamento.
Foram efetuadas mais de cem buscas, que incluíram instituições bancárias e um escritório de advogados, numa operação que envolveu perto de duzentos profissionais de várias organizações.
O grupo económico em questão causou um prejuízo de quase mil milhões de euros à CGD, ao NB e ao BCP, tendo sido identificados atos passíveis de responsabilidade criminal e de dissipação de património.
João Bernardo Xavier