As eleições Presidenciais realizam-se no próximo ano. Até hoje, 8 pré-candidatos declararam a intenção de concorrer a Belém. Tanto a direita como à esquerda existem candidatos com grande mediatismo

Marcelo Rebelo de Sousa (Fonte: Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa)
No início de 2021, realizam-se as eleições Presidenciais em que Marcelo Rebelo de Sousa deve concorrer com vista a um segundo e último mandato. Ainda nenhuma candidatura foi validada pelo Tribunal Constitucional, mas são várias as figuras que apresentaram intenção de fazer frente a Marcelo. Desde a extrema direita, representada por André Ventura, líder do CHEGA à extrema esquerda, representada por João Ferreira, o espetro político é diverso.
O Presidente em funções Marcelo Rebelo de Sousa ainda não apresentou a recandidatura, mas tudo indica que vai perseguir um segundo mandato e deve contar com o apoio do Partido Social Democrata (PSD) e até chegou a estar em cima da mesa o apoio formal do PS.
André Ventura foi eleito para o Parlamento em outubro de 2019 e tem sido uma das vozes mais sonantes na oposição ao governo do Partido Socialista (PS) e ao Presidente da República. Ventura apresentou a candidatura em fevereiro sob a égide de “expor a podridão deste sistema” que diz ser defendido por Marcelo. O deputado admitiu que a vitória é quase impossível mas que aspetos como o combate à corrupção e as condições de trabalho das Forças de Segurança não podem continuar a ser ignoradas.
Ana Gomes, antiga eurodeputada socialista, é também forte crítica de António Costa e Marcelo. Conseguiu o apoio de figuras do PS e de alguns partidos e é considerada a candidata do “socialismo democrático”, apesar de não ter o apoio da totalidade do Partido do Governo. Gomes defende que Marcelo é um candidato que “vai facilitar a vida aos extremos”.
Marisa Matias, atual eurodeputada, candidata-se pela segunda vez depois dos 10,12% obtidos em 2016. Apoiada pelo Bloco de Esquerda, Matias já se afirmou convicta de que ficará à frente de André Ventura. Tiago Mayan Gonçalves, fundador do Iniciativa Liberal também já anunciou a pré -candidatura e a sua “bandeira” parece, tal como a de Ventura, passar a mensagem do seu partido, sem contar muito com uma eventual vitória.
Vitorino Silva, mais conhecido por “Tino de Rans” repete também a candidatura às Presidenciais depois de ter obtido 3,2% dos votos em 2016, muito próximo do candidato comunista daquele ano, Edgar Silva. Desta vez, o Partido Comunista leva João Ferreira, também eurodeputado e vereador da Câmara Municipal de Lisboa, que garantiu avançar com a candidatura “até ao fim”, sem a retirar mais perto das Eleições.
Os últimos 2 pré-candidatos conhecidos são Bruno Fialho, Presidente do Partido Democrático Republicano e a de Orlando Cruz, ex-militante do CDS que já anunciou a candidatura por 3 vezes sem a oficializar junto do Tribunal Constitucional.
Filipe Pereira