Sondagem desta terça-feira revela queda das intenções de voto no PS para 36%. PSD, BE e PAN crescem pelo terceiro dia consecutivo.
Em contagem decrescente para as eleições, os portugueses ainda estão indecisos sobre qual o partido em que irão confiar o seu voto. Se no primeiro dia de sondagens o Partido Socialista apresentava uma vantagem de 14 pontos percentuais face ao PSD (40,6% para o PS e 26,6% para os sociais-democratas), ao quarto dia, a sondagem diária da Pitagórica para a TVI, Jornal de Notícias e TSF estabelece em 7,5% a diferença entre os principais candidatos a formar o próximo governo.
Assim, se as eleições fossem esta terça-feira, dia 24 de setembro, o PS venceria com 36,0% dos votos contra 28,5% de Rui Rio, líder do PSD, cujo aumento desde ontem foi de 0,8 pontos percentuais. Esta projeção indica que a maioria absoluta ambicionada por António Costa parece estar cada vez mais distante. Além disso, quando questionados diretamente acerca de uma governação em regime de maioria absoluta, mais de dois terços dos inquiridos (66,8%) considerou que essa distribuição de assentos na bancada parlamentar seria um cenário desfavorável.
Quanto à terceira força na Assembleia da República para a próxima legislatura, o Bloco de Esquerda tende a ser o escolhido dos portugueses visto que, em quatro dias, subiu de 8,8% para 10,5% nas intenções de voto. De seguida, com uma diferença de 3,7 pontos percentuais (correspondendo a 6,8% das intenções de voto), surge a CDU de Jerónimo de Sousa.
O CDS-PP afundou de 5,5% para 4,4% desde o início da realização destas sondagens diárias, enquanto que o PAN subiu pelo terceiro dia consecutivo e atingiu a marca dos 3,7%. Recorde-se que, nas eleições de 2015, o PAN conseguiu eleger o seu primeiro deputado com 1,39% dos votos dos portugueses. Ambos os partidos estão longe da CDU e separados entre si por apenas 0,7 pontos percentuais. Estes resultados, porém, são mais otimistas que os do barómetro de popularidade dos candidatos, no qual Assunção Cristas, líder do CDS-PP, e André Silva, líder do PAN, registaram, respetivamente, 7,4% e 29,2% pontos negativos, traduzindo uma queda na aprovação por parte da opinião pública.
Nas eleições legislativas anteriores, apesar da coligação entre PSD e CDS ter garantido a vitória nas urnas com 36,86%, António Costa (com 32,31%) reuniu o apoio de Catarina Martins (BE – 10,19%) e Jerónimo de Sousa (CDU – 8,25%), permitindo uma solução governativa alternativa para o país. No caso do PSD e CDS, não é possível estabelecer uma comparação direta desta sondagem com os resultados das últimas eleições, dado que em 2015 foram a votos em coligação. No entanto, em 2011, estes partidos obtiveram 38,65% e 11,7% dos votos dos portugueses, respetivamente. Deste modo, é possível constatar um maior apoio ao PS e PAN relativamente a 2015, bem como um ligeiro crescimento do Bloco de Esquerda. Por outro lado, a CDU e o CDS têm vindo a perder eleitorado.
No panorama das restantes forças políticas, sem assento parlamentar, é de destacar a Iniciativa Liberal com 1,2%, o Livre que alcança 0,9% e os partidos CHEGA e Aliança que surgem empatados, com 0,5%.
As eleições decorrem no domingo, 6 de outubro, e contam com um total de 21 partidos que procuram conquistar o seu espaço na esfera política portuguesa. Já é possível consultar o Boletim de Voto do seu círculo eleitoral.
Ficha técnica sondagem
Os resultados obtidos nesta sondagem da TVI, do JN e da TSF, baseiam-se no contacto diário e aleatório por parte da Pitagórica, via chamada telefónica, de 150 pessoas, no período de 20 a 23 de setembro 2019, o que corresponde a uma amostra de 600 indivíduos. A taxa de resposta foi de 60,61% neste estudo que visou avaliar a opinião sobre os candidatos e as intenções de voto dos portugueses nas eleições legislativas de 6 de outubro.
Diogo Metelo Ferreira