Arquivo mensal: Setembro 2019

RIR: Partido novidade nas legislativas tem Tino de Rans como fundador

Reagir Incluir Reciclar é o mais recente partido político português, fundado há um pouco mais de 2 meses e tem como mote “reciclar a democracia”. No distrito de Lisboa irá concorrer co48 candidatos e 16 suplentes.

O RIR – partido Reagir Incluir Reciclar, aparece como novidade nas eleições legislativas deste ano, junto a mais três novos partidos, ao comparar com as legislativas de 2015. Concorre pela primeira vez no círculo de Lisboa.

Ilidia Margarida Ferreirinha Loureiro, Hirondino Manuel Lopes Isaías e Maríneide Línica Mendes Correia Dias são os três primeiros nomes do partido pelo círculo eleitoral de Lisboa. 

Vitorino Francisco da Rocha e Silva, popularmente conhecido como Tino de Rans, é o fundador e candidato do RIR a concorrer como cabeça de lista pelo círculo do Porto, porém não irá concorrer nos círculos da emigração.

O fundador bastante polémico, ex-participante de reality-shows, chegou a concorrer também nas últimas eleições presidenciais; declarou que “o povo nem é de direita nem é de esquerda, o nosso partido é 360 graus”.

Tino de Rans, disse ao Público que “ a sua maior mensagem é a de que o partido RIR não é menor do que os outros, pois nos boletins de voto das eleições de 6 de Outubro terá ‘um quadradinho do tamanho dos outros quadradinhos’”. 

O partido surge com a proposta de “reciclar a democracia”, porém não representa nem 1% dos votos nas sondagens divulgadas pela Entidade Reguladora para Comunicação Social, a aparecer nos 3% com os outros partidos de menores proporções. “Desde já, falo para as empresas de sondagens, tenham humildade e que chamem pelo nome, não me chamem o outro. O RIR não se chama outro”, afirmou o fundador ao Público.

O RIR concorre em 20 dos 22 círculos eleitorais, não entrando na corrida à Assembleia da República por Beja e Açores.

Giulia Pedrosa – (Turma 2CC03)

Legislativas 2019: PDR com lista em todos os círculos eleitorais

Legislativas 2019: PDR com lista em todos os círculos eleitorais

As eleições legislativas decorrem já no próximo domingo (6 de outubro). O Partido Democrático Republicano (PDR), fundado em 2014 por António Marinho e Pinto, tem listas em todos os 22 círculos eleitorais (18 em Portugal Continental, 2 nas regiões autónomas e dois na emigração, Europa e fora da Europa).

O líder do partido, António Marinho e Pinto, eleito eurodeputado pelo MPT- Partido da Terra em 2014, com quem anunciou ruptura no mesmo ano, concorre agora como cabeça de lista do PDR pelo círculo eleitoral do Porto.

Pardal Henriques é o cabeça de lista do partido pelo círculo eleitoral de Lisboa, deixando o cargo de porta-voz do Sindicato Nacional dos Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP). Em comunicado, frisou que se candidata para “defender e representar estas causas, contra a corrupção” e porque acredita ser possível “voltar a recuperar os valores de abril”.

Actualmente, o partido não tem nenhum deputado na Assembleia da República, apesar de nas últimas eleições legislativas ter sido o maior partido não parlamentar. Em 2015, o PDR foi o sétimo partido mais votado com 1,14% (61.632 votos). O PAN, que ocupou o sexto lugar, elegeu um deputado.

De acordo com a última sondagem feita pela Pitagórica para a TVI, TSF e Jornal de Notícias, a intenção de voto dos portugueses no partido não é muito significativa, ficando o PDR para lá da décima posição.

Os resultados das eleições legislativas vão ser conhecidos daqui a uma semana.

 

Marta Pires

CDU, uma política patriótica e de esquerda

Com o objetivo de conquistar novos eleitores, o CDU candidata-se às legislativas de 2019 em 22 círculos eleitorais, incluindo os círculos europa e fora da europa.

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Fundado a 30 de setembro de 1987, o CDU – Coligação Democrática Unitária (PCP-PEV) é uma coligação de esquerda composta pelo Partido Comunista Português (PCP) e pelo Partido Ecologista “Os Verdes” (PEV).

Jerónimo de Sousa é o líder do partido há 15 anos e é o primeiro candidato pelo círculo de Lisboa. Entre outras funções, foi deputado à Assembleia Constituinte e candidato a Presidente da República de 1996 e de 2006.

O círculo de Lisboa conta com a candidatura de Jerónimo de Sousa e de mais 47 membros, especialistas nas mais diversas áreas, desde economistas e juristas a advogados e sociólogos.

Nas últimas eleições o CDU obteve 8,27% dos votos, o que corresponde à eleição de 17 deputados. Em 2019, ambiciona aumentar a influência nos círculos eleitorais em que elege.

Nas sondagens para as legislativas de 2019, o partido apresenta-se como a quarta força política com 6,3% dos votos.

 

Mariana Vilas Boas

Apresentação do CHEGA rumo às legislativas 2019

As legislativas 2019 avizinham-se e, como tal, é importante conhecer todos os partidos nesta corrida. O CHEGA concorre com o seu líder, André Ventura, a Lisboa. As eleições estão marcadas para o dia 6 de outubro.

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Logo do partido CHEGA

Um dos novos partidos para as legislativas deste ano é o CHEGA. O partido tem em André Ventura o seu princípal candidato e cabeça de lista. Este partido assume um caráter nacional, conservador, liberal e personalista e, tal como o nome indica, reivindica o sistema atual e exige uma mudança pronta.

O CHEGA vai concorrer pela primeira vez a umas legislativas, não havendo, por isso, quaisquer resultados passados. Por isso, a expectativa em torno do crescimento do partido torna-se grande, todavia a sondagem realizada pela Pitagórica para o jornal Expresso, aponta para um resultado abaixo do ponto percentual.

André Ventura, jurista e comentador televisivo, concorre como cabeça de lista ao círculo de eleitorado de Lisboa e acaba por ser o candidato de maior renome entre o leque de nomes que o partido divulgou à partida para estas legislativas. O jurista é licenciado em Direito pela Universidade Nova de Lisboa e doutorado em Direito Público, pela National University of Ireland, Cork. O candidato pelo CHEGA tornou-se famoso pela participaçãoe contributo algo controversos em programas de cariz desportivo da CMTV.

J.F. Brandão (turma3)

PDR Legislativas 2019

Partido Democrático Republicano nas Legislativas 2019

“Centrismo, Localismo, Anticorrupção”

            Com as eleições legislativas à porta, o distrito do Porto apresenta hoje uma lista com 40 candidatos efetivos e 2 suplentes no seu círculo eleitoral. Este número, em comparação com as legislativas de 2015, apresenta uma descida significativa no número de candidatos suplentes.

            Como tem sido observado ao longo dos últimos anos, os partidos com mais popularidade têm permanecido intocáveis na liderança, como é o caso do PSD, que me 2015, na altura com o ex Primeiro-Ministro Pedro Passos Coelho na presidência, teve um total de 17 candidatos eleitos, sendo o partido com mais elegidos nesse mesmo ano.

O PDR, mais conhecido como Partido Democrático Republicano, é um dos muitos exemplos de partidos que vivem na sombra destes grandes líderes nacionais. Com cinco anos completados no dia anterior às eleições no dia 6 de outubro, tem como Presidente e fundador António Marinho e Pinto, ex-delegado do Partido da Terra (MPT).

O plano deste partido central está na aposta do seu Presidente como cabeça de lista no distrito do Porto, e Pardal Henriques em Lisboa., Segundo o jornal Expresso, Marinho e Pinto afirma a posição de Pardal Henriques no círculo eleitoral na capital portuguesa, apesar do mesmo ter desmentido esta afirmação em declarações ao Correio da Manhã, que ainda não aceitou o cargo.

Ao contrário do que se passou nas legislativas de 2015 com o PSD, o PDR não apresentou nenhum dos seus candidatos eleitos. Apesar das sondagens mais recentes mostrarem os mesmos partidos no topo, o PDR concorre de novo às legislativas com um total de 40 candidatos no Porto e 48 em Lisboa.

 

 

Beatriz Leal

Caso Pavilhão Rosa Mota-Cronologia

Resultado de imagem para pavilhao super bock                                                                                                                                                     Foto: Record 

No mês de Outubro, o Pavilhão Rosa Mota foi reinaugurado após obras de recuperação do edifício que se encontrava deteriorado. A sua inauguração viu-se envolta em polémica devido à alteração do nome para “Super Bock Arena- Pavilhão Rosa Mota”. Esta alteração resultou na insatisfação da atleta.

27 de Outubro: No dia anterior à inauguração, a Câmara municipal do Porto lança um comunicado onde garante que o nome Rosa Mota se vai manter sem descorar o “uso comercial”. Segundo o comunicado a atleta recebeu as informações e concordou com as mesmas.

28 de Outubro (12:02h): inauguração do pavilhão, à qual a atleta Rosa Mota não compareceu por se sentir “enganada” pela mudança do nome do pavilhão. Afirma sentir-se “desapontada” com o presidente da Câmara por não ter valorizado o seu nome em relação à marca Super Bock. Numa carta ao presidente mostra o seu desagrado e desconhecimento em relação ao nome do pavilhão.

29 de Outubro: (11:49h) após a polémica ao redor do nome do pavilhão o ex-treinador da atleta e atual companheiro, afirma estar a preparar-se para defender o nome do pavilhão.  O PS, PSD, CDU e Bloco de Esquerda mostram o seu descontentamento em relação à desvalorização do nome da atleta em prol da marca de bebidas alcoólicas.

O presidente da Câmara, Rui Moreira, não se mostrou incomodado pela polémica, que se debateu sobre o nome, e afirma ainda que o problema está no logo ao qual a “autarquia não tem meios, nem recursos para se opor.”

(7:56) Rui Moreira é acusado de ceder aos “interesses financeiros de um grupo privado” em detrimento do interesse público.

30 de Outubro: (22:02h) Rosa Mota afirma, várias vezes, se sentir incomoda por ver o seu nome associado a uma marca de bebidas alcoólicas, no entanto, é confrade de cerveja desde 2008. 

(12:24h) O músico Pedro Abrunhosa fala sobre a escolha do nome, afirmando que compreende que a empresa que investiu queira aproveitar o seu investimento mas reforça que a Rosa Mota é “património internacional” e o seu nome deveria ter o mesmo destaque que o nome da marca.

31 de Outubro (16:00h): Ornatos Violeta inauguram o palco do renovado “Super Bock Arena- Pavilhão Rosa Mota”.

5 de Novembro (6:46h): Após a polémica ao redor do nome do Pavilhão, o CDU propôs em assembleia nacional a alteração do nome para “Rosa Mota Super Bock Arena” no entanto a proposta foi chumbada. 

 

Mariana Marques

Pavilhão Rosa Mota: cronologia

Dias antes da inauguração do Pavilhão: Numa carta dirigida à Câmara do Porto, Rosa Mota diz sentir-se enganada e alega que o seu nome foi subalternizado para ser dado destaque a uma marca de bebidas alcoólicas. O Observador disponibilizou a carta na íntegra.

27.10.2019 (noite): A Câmara Municipal do Porto defende-se em comunicado e garante que o nome da maratonista “vai ficar não apenas na designação formal e comercial como ficará, pela primeira vez, inscrito sobre a entrada principal do pavilhão e também em vários locais do seu interior”.

28.10.2019 (11h01): O executivo reúne-se. Os vereadores do PS, PSD e CDU lamentam que o nome do pavilhão seja agora “Super Bock Arena – Pavilhão Rosa Mota” e anunciam que não vão estar presentes na inauguração dessa tarde. 

28.10.2019 (13h58): O deputado bloquista eleito pelo círculo do Porto José Soeiro reage à polémica na sua página de facebook. “Nem toda a gente está à venda”, afirma.

28.10.2019 (tarde): Inauguração do novo espaço Super Bock Arena Pavilhão Rosa Mota.

28.10.2019 (tarde): O presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, não compareceu na inauguração, pois tinha exames médicos para fazer, confirmou o Público.

28.10.2019 (tarde): Rui Moreira, Presidente da Câmara do Porto, no seu discurso de inauguração disse ter “pena” que Rosa Mota não estivesse presente, mas pediu que não haja “complexos pelo nome ter associada uma marca de bebida alcoólica”.

28.10.2019 (18h30):  Bloco de Esquerda (BE) emite um comunicado a manifestar-se contra a alteração do nome do pavilhão Rosa Mota e defende a reversão “desta apropriação indevida”.

29.10.2019 (11h49): Em declarações à Lusa, José Pedroso, ex-treinador e companheiro de Rosa Mota, afirmou “o desabafo que faço é que estou a preparar-me para uma batalha que vai durar vários anos” em defesa do nome do Pavilhão Rosa Mota.

29.10.2019: Rui Moreira escreve na sua página pessoal do Facebook que “não acredito que o nome da atleta fosse mais respeitado com um pavilhão em ruína, sem uso e sem o seu nome lá escrito, do que agora que empresas portuguesas e do Porto nele decidiram investir muitos milhões e modernizar”.

30.10.2019 (15h56): Carlos César, ex-líder da bancada parlamentar socialista, no programa da TSF “Almoços Grátis”, afirma que o contributo de Rosa Mota foi desvalorizado em detrimento de parceiros comerciais.

30.10.2019: Manuela  de Melo critica o facto de “que se relegue para segundo plano o nome de Rosa Mota para salientar o de uma bebida alcoólica”.

30.10.2019 (22h02): Rosa Mota condena a associação do seu nome a uma marca de bebidas alcoólicas, porém a  SIC Notícias revela que a atleta é confrade da cerveja desde 2008.

31.10.2019 (18h02): Manuela de Melo decide abandonar a Comissão de Toponímia portuense, inconformada com o “desrespeito por um dos símbolos mais consensuais do povo do Porto”.

31.10.2019: Carta de Resposta de Rui Rio à demissão de Manuela Melo, da Comissão de Toponímia.

04.11.2019 (17h55): CDU leva à Assembleia da República a proposta de deliberação, que defende que a designação dada ao pavilhão “contraria a decisão municipal” e “não tem suporte legal”.

05.11.2019 (02h46): Proposta da CDU para alterar nome do Super Bock Arena foi recusada com 22 votos contra do Movimento Rui Moreira e um do PSD.

Inês Gomes

Cronologia: Pavilhão Rosa Mota

A inserção do nome da marca de cerveja ” Super Bock” ao antigo somente nominado de ” Pavilhão Rosa Mota”, tem dado que falar. A poléminca gerada em volta desta alteração é notável. As opiniões dividem-se:  quem acha que o nome da conceituada atleta portuense deve estar em primeiro lugar e, do outro lado da moeda estão os que acreditam ser justo o nome da marca estar na frente.

De seguida será desenvolvida a temática, de forma cronológica, com pretinente contextualização e desenvolvimento.

14.10.2006 (00:00) –  Pavilhão Rosa Mota festeja 50 anos de vida, no entanto o futuro da estrutura é incerto. (fonte: Jornal de Notícias)

26.04.2007 (00:00) – Anúncio de que o Pavilhão Rosa Mota irá entrar em obras no próximo ano (2008) ( fonte: Jornal de notícias)

25.05.2015 (17:17) – Tribunal avalia providência cautelar para parar concurso do Pavilhão Rosa Mota. (fonte: Jornal de notícias)

07.07.2016 – Câmara Municipal do Porto comunica nova análise da proposta sobre o Pavilhão Rosa Mota. “A Porto Lazer desistiu do recurso apresentado contra a decisão do Tribunal Administrativo do Porto, que obrigava o júri do concurso de conceção do Pavilhão Rosa Mota a readmitir o consórcio “Porto 100% Porto”. (fonte: CM Porto)

07.07.2016 (18:16) – Porto Lazer acaba por desistir de recurso na reabilitação do pavilhão Rosa Mota. ( fonte: Jornal de notícias)

08.11.2016 (13:29) – Pavilhão Rosa Mota será entregue ao consórcio “Porto 100% Porto) – ( fonte: Jornal de notícias)

26.12.2016: Câmara Municipal do Porto anuncia que Pavilhão Rosa Mota vai ser reabilitado. ( fonte: CM Porto)

17.01.2017 (00:21) – É aprovada minuta de contrato de reabilitação do pavilhão. (fonte: Câmara Municipal do Porto)

19.04.2017 (13:26) – Anúncio de que o pavilhão irá entrar em obras no mês de Outubro. ( fonte: Jornal de notícias)

15.05.2017 – Tribunal de Contas diz que reabilitação do Rosa Mota pode avançar e que não comporta despesa pública. (fonte: CM Porto)

21.11.2018 (20:01) – Câmara do Porto quer acrescentar nome da Super Bock ao Pavilhão Rosa Mota. ( fonte: Jornal de Notícias)

27.11.2018 (18:00) – Inclusão da designação “Super Bock Arena” no nome do Pavilhão Rosa Mota é aprovada na Câmara do Porto, apenas com os votos da maioria liderada por Rui Moreira. ( fonte: Público)

27.10.2019 – Comunicado na página oficial da Câmara Municipal do Porto referente ao Pavilhão Rosa Mota, no dia anterior à inauguração. ( fonte: CM Porto)

28.10.2019 (09:30) : inauguração do pavilhão, à qual a atleta Rosa Mota não compareceu por se sentir “enganada” , confessa a mesma à tsf. Isto pela mudança do nome do pavilhão, rejeitanto também a ideia de o seu nome estar associado a uma marca de cerveja. ( fontes: CM Porto e TSF)

28.10.2019 (17h29): Rui Moreira reage em oposição à posição adquirida por Rosa Mota e vereadores da oposição no que diz respeito à mudança de nome do pavilhão no Palácio de Cristal. ( fonte: Jornal de notícias)

28.10.2019 (17h58): Bloco de Esquerda revela estar contra aleração do Pavilhão Rosa Mota e pretende renegociação do contrato e seu regresso à esfera pública e municipal. (fonte: TSF)

30.10.2019 (15h56): Carlos César lamenta a alteração do nome do Pavilhão Rosa Mota para nome da marca de cerveja – Pavilhão Rosa Mota. ( fonte: TSF)

31.19.2019- Ornatos Violeta são os primeiros a pisar os palcos do renovado Super Bock / Pavilhão Rosa Mota. ( fonte: CM Porto)

05.11.2019 (02:46) – A proposta realizada pela CDU – alteração do nome do Super Bock Arena – é recusada. ( fonte: Jornal de notícias) 

Soraia Amaral

Caso Rosa Mota: Cronologia

A inauguração do Pavilhão localizado nos Jardins do Palácio de Cristal gerou uma grande polémica em torno do autarca Rui Moreira e da atleta Rosa Mota. As razões centram-se no nome atribuído ao espaço.

Foto: Público

1952- Inauguração do Pavilhão dos Desportos, no Palácio de Cristal.

1991- O Pavilhão dos Desportos passa a chamar-se Pavilhão Rosa Mota, em homenagem à atleta portuense.

26.10.2016- Câmara Municipal do Porto anuncia reabilitação do Pavilhão.

10.2017– Dá-se início à reabilitação.

27.10.2019- A Câmara do Porto comunica que a inauguração ocorre amanhã e fala sobre a alteração do nome.

28.10.2019 (9h30)- Rosa Mota adianta que vai faltar à reabertura do Pavilhão, escreve uma carta à autarquia, citada pela TSF, onde demonstra o seu descontentamento perante o novo nome do espaço, uma vez que a associação do seu nome a uma bebida alcoólica lhe causa um “enorme constrangimento”. No entanto, a campeã olímpica é confrade da Confraria da Cerveja desde novembro de 2008.

28.10.2019 (12h05)- A oposição (PS, PSD e CDU) comunica que também vai faltar à inauguração.

28.10.2019 (17h39)Durante a cerimónia, Rui Moreira demonstra o seu desagrado pela ausência da atleta, no entanto, enfatiza que antes do Porto ser conhecido pelo desporto e pela cultura, “já o era devido ao Vinho do Porto”. 

29.10.2019 (11h49)- José Pedroso, ex- treinador e companheiro da atleta, afirma em declarações à Lusa, que se prepara para uma “uma batalha que vai durar durante vários anos” pela defesa do nome “Pavilhão Rosa Mota”.

5.11.2019 (8h38)- A Assembleia Municipal do Porto chumba proposta, recomendada pela CDU, que visava a alteração do nome para o que estava previsto anteriormente: “Pavilhão Rosa Mota- Super Bock Arena”.

 

Inês Pinho

Cronologia: Caso Pavilhão Rosa Mota

Desde 1991 que o antigo Pavilhão dos Desportos ficou conhecido como Pavilhão Rosa Mota. Este ano, após a reabilitação do espaço, o nome também mudou. Aqui segue a cronologia da polémica “Superbock Arena Pavilhão Rosa Mota”:

22/11/2018 (20:01) – Câmara do Porto quer adicionar nome de marca de cerveja (Super Bock) ao Pavilhão Rosa Mota.

28/10/2019 (09:30) –  Rosa Mota anuncia que não vai à inauguração do pavilhão. Em carta aos deputados da Câmara do Porto (disponível no observador) diz que se sente “enganada” e rejeita ter o seu nome associado a uma bebida alcoólica.

Durante a tarde –Inauguração do Super Bock Arena/ Pavilhão Rosa Mota.  “Não me venham agora com complexos”, disse Rui Moreira durante o discurso de inauguração

18:30 Bloco de Esquerda é contra a alteração do nome. “Rosa Mota é uma figura marcante do desporto nacional e um símbolo de empenhamento e esforço que tanto diz à cidade do Porto”. O BE quer reverter a mudança e promove um debate aberto à cidade.

30/10/2019 (15:56) –  Carlos César, ex-líder da bancada parlamentar socialista, revela, durante um programa da TSF,  que a alteração do nome é “uma desconsideração de uma figura ímpar para o país”.

30/10/2019 (22:02) –  SIC Notícias adianta que Rosa Mota não quer ter o seu nome associado a uma bebida alcoólica, contudo é confrade da cerveja desde 2008.

31/10/2019  (22:00) – Ornatos Violeta são os primeiros a pisar os palcos do renovado Super Bock / Pavilhão Rosa Mota.

04/11/2019 (06:46) – Chumbo da proposta da CDU para a alteração do nome do Pavilhão para “Rosa Mota Super Bock Arena”.

 

 

Beatriz Carvalho