Tráfico de dados pessoais: Quem tem os nossos dados?

Dois dias depois de meio milhão de pessoas terem visto os seus dados privados expostos pela rede social da Google, a questão da segurança dos dados pessoais na Internet conquista lugar de destaque.

Já em março deste ano, o caso Cambridge Analytica deu nome ao escândalo do acesso ilegal a mais de 87 milhões de perfis do Facebook para propaganda política. A denúncia, feita pelos jornais The New York Times e The Guardian, levantou dúvidas sobre a transparência e o compromisso da rede social com a proteção de dados dos usuários.

Endereços de e-mail, fotografias de perfil, locais de residência, ocupação profissional ou informação sobre relacionamentos pessoais são alguns dos dados expostos nos maiores escândalos de tráfico de informação pessoal. A utilização e tratamento dado à informação cedida pelos usuários das mais diversas plataformas ainda é de difícil controlo e a segurança não é totalmente garantida.

Para colmatar a apropriação ilegal de dados privados, foi aplicado a 25 de maio de 2018 um novo Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD), na União Europeia. A nova lei, entre outras exigências, requer uma renovação do consentimento dos usuários, proíbe a troca de informação e obriga à sua posterior eliminação, se assim decidido pelo utilizador.

O tema do tráfico de dados pessoais será debatido no VI Congresso Internacional de Jornalismo, juntamente com assuntos como Fake News, Cickbait e o fim da neutralidade da internet. O evento (#6COBCIBER), que aborda as ameaças ao ciberjornalismo, é recebido na Faculdade de Letras da Universidade de Porto, nos dias 22 e 23 de novembro.

Carolina Pereira

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turma 2