“Para falar do futuro do jornalismo, temos de falar de ciberjornalismo.” Esta foi a ideia prevalente no painel moderado por Ana Isabel Reis, com a presença de Luís Santos, Miguel Conde Coutinho e Tiago Dias.
No entanto, o ciberjornalismo ainda não é tão valorizado como a imprensa escrita. Um jornal impresso tem mais estatuto do que um jornal online. Isto é, no entanto, um pouco irónico, pois o jornalismo impresso está em decadência económica. Os jornalistas vivem de rendimentos muito baixos, faltam meios às redações.
Não só faltam meios, como também diversidade e discussões abertas. Tiago Dias realçou que no último congresso de jornalistas realizado em Portugal, em 1998, se discutiram problemas que ainda hoje continuam a existir. Isto demonstra uma estagnação grave no mundo do jornalismo.
Apenas com o debate entre profissionais da área é possível avançar. Falar no futuro poderá levar o jornalismo a evoluir de forma muito mais rápida e eficaz. Parte fundamental desta evolução assenta no ciberjornalismo.
Hoje em dia, a maioria das pessoas consulta notícias ao longo do dia através do computador ou smartphone. Encontramos, então, a chave do futuro do jornalismo no ciberjornalismo.
Uma das formas de salientar a importância deste meio será a realização de um congresso de ciberjornalismo em Portugal, algo que ainda não aconteceu. O investimento é vital para o desenvolvimento, e o consequente crescimento no número de leitores e na resposta dos mesmos. Um maior investimento seria uma forma de credibilizar o ciberjornalismo e os seus profissionais.
Rita Sousa